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Datena dá cadeirada em Marçal: veja bastidores e comentários de Andréia Sadi, Camila Bomfim, Daniela Lima e Valdo Cruz

Candidato do PSDB agrediu o adversário do PRTB durante debate na TV Cultura no domingo (16), após ser chamado de arregão. José Luiz Datena (PSDB) dá cadei...

Datena dá cadeirada em Marçal: veja bastidores e comentários de Andréia Sadi, Camila Bomfim, Daniela Lima e Valdo Cruz
Datena dá cadeirada em Marçal: veja bastidores e comentários de Andréia Sadi, Camila Bomfim, Daniela Lima e Valdo Cruz (Foto: Reprodução)

Candidato do PSDB agrediu o adversário do PRTB durante debate na TV Cultura no domingo (16), após ser chamado de arregão. José Luiz Datena (PSDB) dá cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) após acusação em debate na TV Cultura, em São Paulo. Reprodução/TV Cultura Veja, abaixo, os bastidores e comentários de Andréia Sadi, Camila Bomfim, Daniela Lima e Valdo Cruz sobre a agressão José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, na noite de domingo (15). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias do g1 SP no WhatsApp Andréia Sadi A campanha de Datena (PSDB) diz que, sexta-feira (13), dois dias antes da agressão, o candidato recebeu uma série de mensagens de Marçal (PRTB) pedindo desculpas por enfrentamentos anteriores. Não há motivo, argumento ou defesa para uma agressão. Não há 'mas' quando se trata de agredir o outro. O que aconteceu é um absurdo, uma tragédia para quem gosta e acompanha a política, e sabe que, dentro da democracia, a política é o espaço do debate. Eles estavam em um debate, e aquele era o momento para se ouvir e trocar propostas. Isso já não vem acontecendo há muito tempo, e as agressões, até agora, permaneciam no campo verbal (...) o que também é lamentável. No entanto, agressão física é um nível diferente, e é necessário repudiá-la, porque estamos assistindo a uma escalada — a situação está piorando, e se continuar assim, veremos a política cada vez mais afundada na lama. A equipe de Marçal não se manifestou sobre o caso. Daniela Lima Após cadeirada, campanhas de São Paulo debatem ‘pacto por civilidade’ Ainda na noite de domingo, as campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) passaram a debater uma espécie de pacto pela civilidade. O publicitário de Datena (PSDB) também foi acionado. Um marqueteiro que faz campanhas no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte diz que há fadiga com a campanha baseada na agressão e prevê um derretimento de Marçal após o debate deste domingo (15), ainda que ele tenha sido fisicamente agredido. As campanhas dizem que é preciso valorar e recriminar a agressão física, mas também é preciso valorar e recriminar a agressão verbal, diz Daniela. A última pesquisa Datafolha mostra Marçal perdendo muito espaço e se descolando de Nunes e Boulos, por isso [adversários] acham que ele quis produzir um último grande fato para poder replicar nas redes. A ver se isso vira voto, diz Daniela. Camila Bomfim Camila: Política do 'nada a perder' precisa acabar Especialistas falam em profissionalização do ódio na política, com repercussões em tempo real, nas redes, e com aposta de crescimento eleitoral a partir de ataques verbais e físicos. Ele [Datena] foi incitado e desrespeitado por Marçal? Sim, e muito. Marçal ofendeu a honra de Datena. Mas o tucano, em razão disso, poderia dar uma cadeirada em Marçal? Não. A democracia não comporta a violência como resposta, afirmou Camila. O problema é que isso não pode virar precedente para a normalização desse circo de horrores (...) Esses candidatos deveriam estar discutindo segurança pública, saúde e questões estruturais, que são as questões que o prefeito tem que lidar, diz Camila. Valdo Cruz Para Valdo Cruz, Marçal entrou como elemento perturbador nesta campanha, utilizando a comunicação agressiva, e o os demais candidatos não souberam reagir, avalia. Ele descia tanto o nível dos debates, com provações que são inadmissíveis em campanha... acabou dando no que deu neste domingo, com Datena tomando uma atitude totalmente condenável. Valdo: Debate em São Paulo vira 'palco de horrores' Octavio Guedes Guedes: violência não se justifica e vamos ter que ver como eleitor do Marçal vai receber Para o colunista da GloboNews, a agressão é o fundo do poço e nada justifica haver violência verbal e nada justifica violência física, mas acredita que a imagem de Datena sai melhor da situação. É o fundo do posso. O fato de haver violência verbal não justifica ter violência física. Mas não existe indignação seletiva. Temos que condenar a violência verbal, que atingiu níveis inéditos e históricos nessa campanha de São Paulo. Para o eleitor do Marçal, ele gostaria mais era de ver o seu candidato dando a cadeirada. Temos que ver como esse eleitor do Marçal vai receber a notícia. O Datena, para imagem eleitoral dele, ele não ganha, mas ele sai vitorioso. Estava em uma campanha apagada e apática e vai entrar para a História como quem deu uma cadeirada numa campanha eleitoral. Eleitoralmente, teremos que ver o que vai acontecer. Julia Duailibi Julia Duailibi: o clima de agressividade está muito acima do que estamos acostumados A colunista acredita que o clima de agressividade da campanha estava muito acima do que o povo está acostumados a ver e que as provocações não justificam a violência física. Mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. O clima de agressividade estava muito acima do que estamos acostumados a ver. Já vimos debates duros e com falta de respeito. É claro que as provocações não justificam. Datena e qualquer candidato precisa ter sangue frio e não dá para sair distribuindo sopapos por aí. Natuza Nery Natuza Nery: nível de degradação política que se está vendo não é exclusividade do Brasil A colunista aponta que o problema do que está sendo visto em debates é o nível de degradação política e que não é exclusividade do Brasil. A questão central dessa história não é exatamente o Pablo Marçal. É o nível de degradação política que a gente está vendo. Violência em época de eleição, nós vemos há muito tempo. Mas violência recorrente em época de eleição usada por estratégia para que um candidato chegue em uma posição de destaque, isso é novidade. Não é exclusividade do Brasil, acontece em outros lugares e vem, sobretudo, da chamada extrema-direita. Porque as redes sociais ecoam isso.