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Hugo Motta cobra suspensão imediata de novas regras do IOF sobre risco sacado

Risco sacado é uma modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas que venderam a prazo. Medida passa a valer neste domingo. Motta diz q...

Hugo Motta cobra suspensão imediata de novas regras do IOF sobre risco sacado
Hugo Motta cobra suspensão imediata de novas regras do IOF sobre risco sacado (Foto: Reprodução)

Risco sacado é uma modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas que venderam a prazo. Medida passa a valer neste domingo. Motta diz que governo faz gambiarras e clima é por derrubada de decreto de Lula sobre IOF O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) pediu à equipe econômica do governo a suspensão imediata da incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de risco sacado. Na noite de quarta-feira (28), Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e deram um prazo de dez dias para o governo apresentar alternativas ao aumento do IOF. Haddad afirmou ter dito a Motta e a Alcolumbre que a manutenção do decreto era necessária para manter o funcionamento da máquina pública. Com o pedido, Motta quer que o governo recue antes do final do prazo dado à equipe econômica. A medida, implementada por meio de decreto presidencial, objetiva arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026. Hugo Motta, presidente da Câmara Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo O risco sacado é uma modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas que venderam a prazo. O decreto do governo determinou que o IOF passaria a incidir sobre a antecipação. Este ponto atinge especialmente pequenas empresas que dependem dos valores antecipados para ter capital de giro. A medida é uma alternativa para empresas que querem facilitar o pagamento aos fornecedores e também para os fornecedores que precisam de dinheiro no caixa. Lula e Haddad O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fora da agenda oficial nesta sexta-feira (30). A reunião ocorre em meio à pressão do governo para encontrar medidas que substituam o aumento IOF, que foi feito por decreto presidencial para elevar a arrecadação federal num período de dificuldade de ajuste nas contas públicas. Apesar de o governo ter recuado em parte do decreto, ainda está em vigor o aumento do IOF, por exemplo, para crédito de empresas e compra de moeda estrangeira. Haddad e a equipe dele têm dito que há espaço para discutir outras medidas para 2026 em diante. Medidas estruturais, capazes de resolver o aperto das contas públicas por um período mais longo. No entanto, para 2025, é difícil encontrar outra opção. Congresso articula reação ao decreto Parlamentares da oposição e até alguns da base se articulam para derrubar o decreto que aumentou o IOF com um Projeto de Decreto Legislativo (PDL). Até agora, já foram apresentadas 22 propostas desse tipo: 20 na Câmara e 2 no Senado. Em pelo menos 25 anos, o Congresso Nacional nunca usou um PDL para derrubar um decreto presidencial. Trata-se de um instrumento bastante raro e tido como grande derrota para o governo. A ferramenta, contudo, já foi usada algumas vezes para pressionar o próprio Executivo a recuar: em algumas situações, ou o Senado ou a Câmara aprovou a derrubada e, antes de sofrer uma derrota na Casa restante, o governo voltou atrás na medida.