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Lula concorda em reforçar arcabouço fiscal, mas ainda falta definir como será feito e o que pode ser exceção

Cúpula do Congresso já mandou recados para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que vai apoiar as medidas de redução de gastos, mas não aceita novos ...

Lula concorda em reforçar arcabouço fiscal, mas ainda falta definir como será feito e o que pode ser exceção
Lula concorda em reforçar arcabouço fiscal, mas ainda falta definir como será feito e o que pode ser exceção (Foto: Reprodução)

Cúpula do Congresso já mandou recados para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que vai apoiar as medidas de redução de gastos, mas não aceita novos aumentos de receitas. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, participa de audiência pública no Senado. Wilton Junior/Estadão Conteúdo O ministro da Casa Civil, Rui Costa, diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já concordou com o conceito de reforçar o arcabouço fiscal e incluir dentro de suas regras algumas despesas obrigatórias. Segundo o ministro, Lula levou para o Palácio da Alvorada todas as propostas e suas tabelas de impacto para analisá-las em busca de uma decisão. Lula está avaliando o formato da proposta e o que pode ficar como exceção. Iria conversar com interlocutores para se aconselhar. Uma das propostas que ele avalia é limitar o aumento real do salário mínimo a 2,5%, o mesmo previsto dentro das despesas enquadradas atualmente no arcabouço fiscal. Bolsa fecha recua 1,43% e dólar sobe para R$ 5,73 à espera de corte de gastos Está em discussão submeter as despesas com educação e saúde a isso piso de aumento real. A equipe econômica argumenta que não vai haver um corte, mas limitar o crescimento das despesas nestas áreas. As equipes de Fernando Haddad e Simone Tebet também propõem mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada, o BPC, abono salarial e seguro-desemprego. O presidente Lula vai chamar os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e líderes da base aliada para conquistar apoio ao pacote fiscal antes de anunciá-lo. Por um lado, a cúpula do Congresso já mandou recados para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que vai apoiar as medidas de redução de gastos. 🔎Por outro lado, resiste a qualquer tipo de aumento de receita. Por exemplo, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco já avisaram o governo que dificilmente será aprovada a proposta de aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) em um ponto percentual para empresas e dois pontos para os bancos. O projeto foi enviado ao Congresso Nacional, mas até agora não começou a tramitar. A expectativa é que Lula anuncie as medidas fiscais ainda nesta semana. No mercado, o receio é de um pacote fiscal fraco, que não garanta nem o déficit zero no ano que vem. Se isso se confirmar, a tendência será de maior estresse no mercado de câmbio, com mais pressões sobre a inflação, levando o Banco Central a estender o ciclo de aumento da taxa de juros.